Secretário de Estado da Defesa demissionário foi alvo de buscas esta manhã.
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O secretário de Estado da Defesa demissionário, Marco Capitão Ferreira, foi constituído arguido no caso Tempestade Perfeita, na sequência de buscas judiciais realizadas esta sexta-feira.
A notícia foi avançada pelo Observador, na sequência de buscas realizadas à residência de Marco Capitão Ferreira esta manhã, e confirmada por fonte ligada ao processo à agência Lusa.
Em comunicado, a Polícia Judiciária revela que cumpriu esta manhã dois mandados de busca, um de busca domiciliária e o outro de busca não domiciliária, visando "a recolha de elementos probatórios complementares e relacionados com suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas, designadamente corrupção e participação económica em negócio".
A mesma nota adianta que foi constituído um arguido, não nomeado pela PJ.
A investigação foi atribuída à Unidade Nacional de Combate à Corrupção na sequência da Operação "Tempestade Perfeita" e desencadeada no âmbito de inquérito titulado pelo DIAP Regional de Lisboa, que contou com a colaboração da Unidade de Perícia Tecnológica Informática e foi acompanhada por duas Magistradas do DIAP Regional de Lisboa.
Também esta manhã o Ministério da Defesa anunciou buscas da Polícia Judiciária e do Ministério Público nas instalações da Direção-geral de Recursos da Defesa Nacional, "no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021".
Em causa está um contrato de assessoria assinado em 25 de março de 2019 entre Marco Capitão Ferreira e a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), à data liderada por Alberto Coelho - um dos envolvidos na operação judicial Tempestade Perfeita - com uma vigência de 60 dias e no valor de 50 mil euros mais IVA.