
Pedro Correia/Global Imagens (arquivo)
É uma informação apurada pela TSF
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Um dos dez militares da GNR detidos esta terça-feira na sequência de uma megaoperação da PJ contra a exploração de imigrantes pertence ao posto de Matosinhos, sabe a TSF.
Em comunicado, a PJ adianta que foram cumpridos 50 mandados de busca e 17 mandados de detenção em Beja, Portalegre, Figueira da Foz e Porto.
A megaoperação investiga crimes de auxílio à imigração ilegal, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
"Em causa está uma organização criminosa que controlava centenas de trabalhadores estrangeiros, a maioria em situação irregular em Portugal. Através de empresas de trabalho temporário, criadas para o efeito, aproveitava-se da vulnerabilidade dos mesmos, explorando-os, cobrando alojamentos e alimentação e mantendo-os sob coação através de ameaças, havendo mesmo vários episódios de ofensas à integridade física", explica a PJ.
Fonte policial revelou à agência Lusa que, no total, foram detidas 17 pessoas - as abrangidas pelos mandados de detenção -, ou seja, os dez militares da GNR, em Beja, um agente da PSP, e seis civis. A mesma fonte relatou que "o grupo criminoso, constituído maioritariamente por cidadãos portugueses, explorou os imigrantes, a maioria em situação ilegal em Portugal, e forjou documentos para trabalharem em Portugal".
Os militares da GNR e o elemento da PSP detidos são suspeitos de "facilitarem a ação do grupo criminoso".
A operação, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), foi desenvolvida no âmbito de inquérito titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação penal (DCIAP).
