Montenegro diz que Governo "quer castigar" o país em 2023 para "abrir cordões à bolsa em 2024"
O líder social-democrata antevê que esse adiamento da melhoria das condições de vida dos portugueses está relacionada com as eleições europeias de junho do próximo ano.
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O presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou esta segunda-feira o Governo de querer castigar o país em 2023, de forma a que possa alavancar as eleições europeias do próximo ano com melhorias das condições das pessoas, empresas e instituições.
"Os impostos só não descem já porque o doutor António Costa não quer, porque o Governo não quer, porque quer castigar as pessoas, as empresas e as instituições em 2023 para poder eventualmente abrir um bocadinho mais os cordões à bolsa em 2024, porque há umas eleições europeias", afirma o líder social-democrata em declarações à CNN Portugal em Ourém.
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Para Luís Montenegro, a redução de impostos ainda não foi feita porque não há vontade política por parte do Executivo.
"Precisamos só de um Governo que seja atuante e aquilo que temos tido é um Governo a castigar os portugueses com taxas, impostos e com tudo aquilo que tem sido o aumento significativo de preços de bens essenciais. Até já se propôs um IVA de 6% aplicável à energia e aos combustíveis. Se tivesse sido aprovado, este efeito que agora se está a sentir semanalmente não tinha o mesmo impacto que tem hoje. É só vontade política", considera o presidente do PSD.
Relativamente aos combustíveis, o ministro das Finanças garantiu no sábado que o Governo vai monitorizar os preços e agirá se for necessário.
"Nós estamos a avaliar e temos de avaliar o que é que vai acontecer do ponto de vista da evolução dos preços, se estamos num pico excecionalmente temporário que depois regressa ou se não estamos", disse Fernando Medina a jornalistas portugueses no final da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia.