Montenegro "nada acrescenta" sobre Chega, mas critica quem está contra sessão de Lula na AR
O presidente do PSD atira ao Chega e à IL: "Aqueles que não têm capacidade de ver isto não estão à altura de assumir cargos de responsabilidade na democracia portuguesa".
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Depois de uma viagem de comboio, desde Sintra até Lisboa, Luís Montenegro e Carlos Moedas sentaram-se à mesa do café para dar início a mais uma semana do Sentir Portugal, desta vez, na capital do país. As palavras do presidente do PSD sobre os políticos "xenófobos e racistas" ainda fizeram eco, mas sobre o assunto "não há nada a acrescentar".
Na sexta-feira, em entrevista à CNN Portugal, Luís Montenegro garantiu que num possível Governo à direita "não vão existir políticos xenófobos e racistas", no que foi visto como uma mensagem para o Chega. Questionado pelos jornalistas se traçou uma linha vermelha ao Chega, de Montenegro nem uma palavra.
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"Não quero, não vou e não é preciso acrescentar nada", atirou.
Os jornalistas insistiram e Luís Montenegro lá acrescentou que "está motivado e focado em combater o Partido socialista e dar uma alternativa política a Portugal". Resta saber se a porta está definitivamente fechada ao partido de André Ventura, já que Montenegro nunca referiu o nome do partido.
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Protestos contra Lula? "Não estão à altura de assumir cargos na democracia portuguesa"
Quanto à visita de Lula da Silva a Portugal, o PSD já desafiou o Governo a demarcar-se da posição brasileira em relação à guerra na Ucrânia, Montenegro admite que o partido tem "divergências profundas" com Lula da Silva, ainda assim, rejeita protestar como Iniciativa Liberal e Chega já anunciaram.
Portugal acolhe milhares de brasileiros, e no Brasil também vivem vários portugueses, pelo que "existe uma ligação muito forte" entre os dois países. "Aqueles que não têm capacidade de ver isto não estão à altura de assumir cargos de responsabilidade na democracia portuguesa", atirou Montenegro.
O Chega já anunciou um protesto para o dia 25 de abril contra a presença de Lula da Silva em Portugal. Já a Iniciativa Liberal vai ter apenas um deputado na bancada, durante a sessão de boas-vindas ao Presidente brasileiro na Assembleia da República.
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