"Não é nossa responsabilidade." JMJ nega "ação" junto de Oeiras para remover cartaz sobre abusos
Organização da jornada diz confiar "naturalmente em todas as entidades" com competência no processo.
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A organização da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa negou esta quinta-feira que tenha tido qualquer "ação" junto da câmara municipal de Oeiras para remover o cartaz sobre o número de vítimas de abuso sexual da igreja em Portugal que foi colocado em Algés.
"Não tivemos nenhuma ação junto da câmara municipal de Oeiras", garantiu em conferência de imprensa a porta-voz da organização, Rosa Pedroso Lima.
"A polícia ontem no briefing também ainda não tinha conhecimento dessa situação, exatamente do que se tinha passado e se de facto o cartaz foi removido ou não. Não é da nossa responsabilidade e confiamos naturalmente em todas as entidades competentes", assinalou a mesma responsável.
Esta quinta-feira, o vice-presidente da Câmara de Oeiras, Francisco Gonçalves, garantiu em declarações à TSF que a autarquia está "disponível" para encontrar uma nova estrutura para o cartaz retirado de Algés sobre os abusos sexuais na Igreja, apelando a que os promotores da iniciativa procurem a autarquia.
O cartaz colocado em Algés, no concelho de Oeiras, - um de três em que se denunciam os abusos sexuais a crianças na Igreja portuguesa -, foi retirado por ordem do município por ser "publicidade ilegal", uma vez que toda a publicidade ilegal no concelho é retirada, justificou a autarquia.