A coordenadora da Comissão Técnica Independente assinalou que "não houve qualquer contacto".
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A coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI), Rosário Partidário, afirmou esta terça-feira que existiram muitos lobbys, mas garantiu que não existiu pressão da parte do Governo sobre as opções estratégicas para o novo aeroporto.
Rosário Partidário falava na apresentação do relatório preliminar da análise e avaliação das opções estratégicas para ampliação da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, no LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
"Tivemos muitas pressões, muitos 'lobbys' (...), mas com o Governo nem uma pressão e queria agradecer e deixar isso muito claro", afirmou.
A coordenadora da CTI assinalou que "não houve qualquer contacto a não ser, obviamente, de natureza administrativa", e foi com o chefe de gabinete do primeiro-ministro.
"Não houve qualquer contacto com o senhor primeiro-ministro", disse, acrescentando que para a CTI tal "foi extraordinariamente importante".
Já o presidente da Comissão de Acompanhamento, Carlos Mineiro Aires, disse não lhe passar "pela cabeça" que o relatório apresentado hoje pela CTI não venha a "servir para nada".
"Não podemos adiar mais processos destes. Estamos a passar por um atraso por falta de planeamento", disse.
Uma resolução do Conselho de Ministros aprovada no ano passado definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa, mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções, o que veio a acontecer.
O relatório hoje apresentado entrará depois em consulta pública durante 30 dias úteis, prazo findo o qual a CTI, após avaliar "a racionalidade, o mérito, a oportunidade e a pertinência técnica de cada um desses contributos, à luz dos fatores críticos para a decisão", fará então o relatório final.
Com a elaboração deste relatório final ficará concluído o mandato da CTI.