"Não vejo questão nenhuma." Ribau Esteves diz que reunião entre PS e CEO da TAP é "normal"
O presidente da Câmara de Aveiro, do PSD, defende que a oposição está a tentar marcar pontos contestando a reunião.
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O autarca social-democrata de Aveiro, Ribau Esteves, considera que a oposição está a tentar marcar pontos contestando a reunião do Partido Socialista com Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, 24 horas antes de a francesa responder ao Parlamento. Mas o presidente da Câmara de Aveiro considera a reunião perfeitamente normal.
"Também já fui deputado quando o meu partido estava no poder e essas reuniões são normais, fazem-se com normalidade e não vejo questão nenhuma. Há obviamente aqui uma disputa política, da oposição, para ver quem lidera. A Iniciativa Liberal pede a demissão do ministro, o PSD pede de dois. Há esta disputa que é natural em termos políticos, mas queria deixar uma nota que é para mim: só há um assunto político que falta esclarecer neste dossier TAP que é saber porque é que o ministro Fernando Medina escolheu para sua secretária de Estado a doutora Alexandra Reis. Não conhecia o seu currículo, nem conhecia as tropelias de sair da TAP para entrar na ANA", explicou à TSF Ribau Esteves, no programa Café Duplo.
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Também a presidente socialista da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, entende que este tipo de reuniões é normal.
"Se há coisa que sempre se fez foi os secretários de Estado irem reunir com membros do Governo ou com entidades e representantes de instituições públicas. Temos de ter aqui algum cuidado com esta cavalgada da indignação permanente. Cada coisa a seu tempo. É algo que me parece normal, são reuniões preparatórias", acrescentou Inês de Medeiros.
O PS considerou natural a "partilha de informação" entre deputados, Governo e entidades, como a que aconteceu com a presidente executiva da TAP, na véspera da audição de janeiro, e acusou alguns partidos de "criar casos e casinhos".
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À saída da audição de Christine Ourmières-Widener na comissão de inquérito à TAP, que se prolongou na terça-feira por quase sete horas, o coordenador do PS, Carlos Pereira, quis falar aos jornalistas para referir que desta inquirição "não há de facto nada de novo que não sejam estes casos" criados pelos outros partidos, sublinhando que a CEO da empresa esteve no parlamento "zangada e ressentida".
Questionado pelos jornalistas sobre uma reunião realizada na véspera da audição de janeiro, na comissão de economia, da presidente executiva da TAP e na qual estiveram presentes membros dos gabinetes de diferentes Ministérios e do grupo parlamentar do PS, Carlos Pereira começou por qualificar esta questão de "faits-divers".
Christine Ourmières-Widener foi na terça-feira a terceira personalidade, de uma lista de cerca de 60, a ser ouvida pela comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, constituída por iniciativa do Bloco de Esquerda.
OUÇA AQUI NA ÍNTEGRA O PROGRAMA CAFÉ DUPLO COM RIBAU ESTEVES E INÊS DE MEDEIROS