Novo serviço de urgência na Península de Setúbal assegurado por profissionais de três hospitais
A nova urgência obstétrica regional da Península de Setúbal vai ser assegurada por profissionais da Arrábida, que inclui o Hospital de Setúbal, Barreiro/Montijo e Garcia de Orta, em Almada, onde vai funcionar a urgência obstétrica regional
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Além dos médicos obstetras do Hospital do Barreiro, também os especialistas do Hospital de Setúbal vão trabalhar na nova urgência obstétrica regional da Península de Setúbal. O Jornal de Notícias (JN), que cita fonte oficial do Ministério da Saúde, adianta que este novo serviço de urgência vai ser assegurado por profissionais de três unidades locais de saúde: Arrábida, que inclui o Hospital de Setúbal, Barreiro/Montijo e Garcia de Orta, em Almada, onde vai funcionar a urgência obstétrica regional.
Na sexta-feira, o jornal Expresso escreveu que a equipa de obstetrícia do Hospital do Barreiro vai ser forçada a garantir as escalas da urgência regional que vai abrir em Almada, uma decisão que já mereceu fortes críticas, nomeadamente da Federação Nacional dos Médicos e do bastonário da Ordem dos Médicos.
Segundo o Expresso, que citava fonte do gabinete da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a transferência forçada deverá ocorrer logo que o Governo avance com a concentração das urgências de obstetrícia na margem sul em Almada, tal como anunciou esta semana no Parlamento.
Na altura, Ana Paula Martins disse que para a concentração da urgência no Hospital Garcia de Orta, em Almada, com o apoio do Hospital de Setúbal (a receber casos enviados pelo INEM e pelo SNS 24), seriam necessárias sete equipas completas para o Hospital Garcia de Orta e três de prestação de serviço.
Esta não é, contudo, a primeira vez que uma mobilização é imposta aos profissionais de saúde. Inclusive, o mesmo modelo foi imposto no Hospital de Santa Maria, quando Ana Paula Martins presidia a instituição, à equipa de saúde materna e obstétrica, que teve de assegurar as urgências do Hospital de São Francisco Xavier, no verão de 2023. O documento foi assinado pelo então ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
No entanto, a medida esteve em vigor durante um mês: em resposta à imposição feita pela tutela, sete obstetras do Hospital de Santa Maria rescindiram com o Serviço Nacional de Saúde.
