"Nunca houve resposta definitiva de Mário Centeno", mas Costa agiu "com conhecimento" de Marcelo
O primeiro-ministro diz que o governador do Banco de Portugal "merece o respeito e admiração da generalidade dos portugueses".
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O primeiro-ministro, António Costa, reconhece que Mário Centeno nunca deu uma resposta definitiva sobre a possibilidade de assumir a governação do país com a demissão do líder do Executivo, mas admite que agiu com o conhecimento de Marcelo.
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Questionado sobre a escolha de Mário Centeno para primeiro-ministro, durante a conferência de imprensa que deu este sábado no Palácio de São Bento, Costa defende que "havia a necessidade de encontrar alternativas à dissolução", pelo que agiu "com o conhecimento do Presidente da República".
"Centeno merece o respeito e admiração da generalidade dos portugueses", justifica.
António Costa reconhece que "nunca houve resposta definitiva de Mário Centeno", visto que "as conversas com o Presidente não prosseguiram".
"Um primeiro-ministro não tem amigos"
Sobre a detenção de Vítor Escária, chefe de gabinete, admite que "desconhece a sua versão sobre o que tem vindo na comunicação social", já que "não teve oportunidade de falar com ele". Rejeita fazer "juízos" sobre o caso.
No entanto, Escária "traiu a sua confiança" pelos envelopes com dinheiro que guardou no seu gabinete.
Já Diogo Lacerda Machado "não tinha mandato para fazer o que seja", e Costa garante que "nunca falou com ele" sobre estas circunstâncias. Além disso, nunca o fez "com o seu conhecimento ou interferência".
"Num momento de infelicidade disse que era o meu melhor amigo, mas um primeiro-ministro não tem amigos", acrescenta.