"Estou cheio de energia." Depois de uma noite difícil, Ljubomir garante que não arreda pé
Ouvido pela TSF, o chef e empresário da restauração conta como foram vividas as últimas horas, em que as tonturas e a fraqueza falaram mais alto, e assegura que não arreda pé do posto de luta frente ao Parlamento.
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"Eu estou cheio de energia. Ontem foi um dia muito difícil." Depois de uma ida ao hospital e de três horas de sono, abreviadas pelo susto, é assim que o chef Ljubomir Stanisic rememora a última noite.
Ljubomir Stanisic foi, ao início da noite desta quarta-feira, transportado para o hospital de Santa Maria, quando se cumpria o sexto dia de greve de fome em frente à Assembleia da República por parte de empresários da restauração. "Aquilo que os médicos me explicaram é que não é brincadeira nenhuma fazer uma greve de fome", lembra, em declarações à TSF.
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"Tive uma quebra grande de glicemia. Estava muito baixa mesmo, e senti tonturas e muita fraqueza." Diante dos primeiros sinais, o empresário da restauração foi assistido pelo INEM: "Veio aqui porque, se não me engano, a Direção-Geral da Saúde é que pediu para nos acompanharem, a partir de ontem, para virem cá, e os dois médicos que estavam aqui acharam, e bem, que deveria dirigir-me de imediato para o hospital."
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No hospital de Santa Maria, Ljubomir Stanisic foi recebido pelos médicos. "Concluíram que o coração estava bem, os níveis de glicemia estavam muito baixos. Estive praticamente a injeção de açúcares, acho eu, para recuperar. Fizeram-me as análises todas."
Stanisic conta também ter assinado um termo de responsabilidade "para sair de imediato do hospital e voltar" para o local da manifestação. "Sinto-me bem hoje, já estou de novo de volta à luta, tudo igual", afiança, apesar da condição que lhe afeta o fígado - Anisakis - e que o deixa mais debilitado.
À pergunta "continuar?", deixa apenas uma resposta: "Claro que sim, voltei de imediato ontem. Mal me tiraram sangue e me fizeram todas as análises no hospital, sentei-me à espera dos resultados e saí para vir para aqui."
Se os médicos voltarem a indicar-lhe o caminho do hospital, Ljubomir Stanisic não colocará a vida em causa, assegura. "Embora estejamos todos a correr riscos graves, porque isto não é de brincar e eu sou pai de família, tenho os meus filhos, voltei para aqui para continuar a minha luta", posiciona-se.
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