Para garantir "a unidade do PS e a governabilidade", Constança Urbano de Sousa apoia José Luís Carneiro
A candidatura "Por Todos. Para Todos", conta ainda com a deputada Maria Antónia Almeida Santos. À TSF, Constança Urbano de Sousa justifica o apoio.
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José Luís Carneiro arrecada o apoio da antiga ministra Constança Urbano de Sousa. A socialista apoia a candidatura da dita ala moderada do PS e vai assumir funções na campanha de José Luís Carneiro, por considerar que o ainda ministro é o que está em melhores condições para assegurar "a unidade do PS e a governabilidade do país".
Constança Urbano de Sousa, que deixou o Governo de António Costa em 2017, depois dos grandes incêndios desse verão, assume que tomou a decisão "pela positiva" e, em declarações à TSF, explica a opção.
"José Luís Carneiro tem uma visão progressista da sociedade e da economia, e tem uma experiência governativa sólida. Tem um forte sentido de Estado, de entrega à causa pública e integridade. Além disso, tem um robusto compromisso com os valores que constituem a matriz do PS", declara.
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São "qualidades", na opinião da antiga deputada, "essenciais para garantir a unidade do partido, mas também a governabilidade do país", defendendo que José Luís Carneiro será um "bom primeiro-ministro" caso o PS vença as eleições legislativas de 10 de março, antecipadas pela demissão de António Costa.
Quer isto dizer que Pedro Nuno Santos, o adversário na corrida à sucessão de António Costa, não será capaz de unir o partido? Constança Urbano de Sousa "não se afasta" do antigo ministro das Infraestruturas, diz apenas que "tomou uma opção". "Pesando as características de um e do outro, para mim, José Luís Carneiro seria um melhor líder do PS", acrescenta.
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Pedro Nuno Santos parece levar vantagem pelo menos com o apoio dos presidentes das distritais (16 dos 23 dirigentes já se colocaram ao lado do jovem turco e apenas a líder de Bragança assumiu o apoio a José Luís Carneiro), mas Constança Urbano de Sousa deixa o aviso: "Isto não se trata de um jogo de futebol".
"Uma coisa são as estruturas organizativas do partido e outra coisa são os militantes. Acredito que os militantes tenham a sua própria opinião e, na hora de votar, o voto é secreto", lembra.
E seja qual for o resultado, a antiga ministra "respeitará a vontade da maioria". Se José Luís Carneiro perder para Pedro Nuno Santos, "faz parte da democracia".
A candidatura "Por Todos. Para Todos", conta ainda com o apoio da deputada Maria Antónia Almeida Santos e do presidente da Associação Nacional de Freguesias Jorge Veloso. As diretas no PS são a 15 e 16 de dezembro, para a sucessão de António Costa concorrem Pedro Nuno Santos, da ala esquerda, e José Luís Carneiro, da ala moderada.