Três apoiantes de peso para José Luís Carneiro: Fernando Medina, Santos Silva e José Vieira da Silva
José Luís Carneiro arrecada, igualmente, o apoio de um antigo secretário de Estado de Pedro Nuno Santos.
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José Luís Carneiro assegura três apoiantes de peso: Fernando Medina, Augusto Santos Silva e José Vieira da Silva vão colocar-se ao lado do ainda ministro da Administra Interna, avançou o Público e confirmou a TSF.
São três nomes com peso no partido e próximos do ainda secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, e dão um novo folgo à candidatura de José Luís Carneiro na corrida à liderança do PS.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, tantas vezes colocado na rota de sucessão de António Costa, chegou a admitir que a "relação de trabalho com Pedro Nuno Santos foi bastante agradável", no entanto, sempre mostraram posturas ideológicas diferentes dentro do partido.
O mesmo com o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, da ala moderada, a mesma de José Luís Carneiro, que chegou a trocar argumentos com Pedro Nuno Santos, durante os tempos da geringonça, sobre o posicionamento ideológico do PS.
Quanto a José António Vieira da Silva, o antigo ministro de António Costa, já tinha deixado o aviso na última comissão política socialista de que o PS "não pode embarcar em aventuras frentistas". Palavras que foram entendidas para Pedro Nuno Santos.
O antigo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e um dos nomes mais próximos de António Costa, vai declarar o apoio a José Luís Carneiro nos próximos dias.
Contactada pela TSF, a candidatura do ministro da Administração Interna rejeita, para já, fazer comentários.
Antigo secretário de Estado de Pedro Nuno 'foge' para Carneiro
José Luís Carneiro arrecada, igualmente, o apoio de um antigo secretário de Estado de Pedro Nuno Santos. Alberto Souto de Miranda foi Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, entre outubro de 2019 e setembro de 2020.
Numa nota enviada às redações, o socialista de Aveiro (o mesmo distrito de Pedro Nuno Santos) justifica o apoio "por duas razões políticas e por uma razão de personalidade".
"O PS não deve ser um partido "bloquista" e "trabalhista" que divide os portugueses entre o "povo" trabalhador e os empresários, anatomiza a riqueza e alimenta velhas quimeras marxistas que a História há muito enterrou", declara, numa referência à candidatura adversária.
Souto de Miranda entende que "José Luís Carneiro dá voz ao PS social-democrata, que defende um Estado social sustentável e eficiente e que sabe que para isso é preciso ter contas públicas sólidas que o financiem e um tecido empresarial pujante".
É necessário também "sentido de compromisso, diálogo interpartidário nas questões estruturais, capacidade para estabelecer pontes e consensos com os sociais-democratas do PSD e os democratas de todos os partidos".
Na nota, o antigo secretário de Estado acrescenta que testemunhou "a governação muito competente e responsável" de José Luís Carneiro, que "privilegia a ponderação, a razoabilidade, o diálogo, a capacidade de reformismo consistente".