O presidente do PSD lembrou que as «eleições nunca estão ganhas» e que os governos não mudam necessariamente quando as coisas estão mal.
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O líder do PSD admitiu que os valores do Barómetro TSF/Diário Económico não são favoráveis para os sociais-democratas, mas lembrou que este estudo serve como um alerta para o partido.
«Há uma sondagem que foi divulgada hoje e que realmente não é positiva para nós, mas também um aspecto positivo que é o de fazer lembrar às pessoas que as eleições nunca estão ganhas», explicou Pedro Passos Coelho.
Numa visita às instalações da Cruz Vermelha, no Estoril, o presidente do PSD aludiu ainda aos que «às vezes andam com o rei na barriga convencidos que está tudo feito e que foi tudo tão mau que não há alternativa senão mudar de governo».
«Só por esse facto os governos não mudam necessariamente. É preciso que as pessoas acreditem na mudança que é preciso fazer. Esta sondagem teve a vantagem de sinalizar que as eleições não estão ganhas e que é preciso trabalhar mais. É o que vou fazer», sublinhou.
Sobre a tolerância de ponto dada pelo Estado aos funcionários públicos esta quinta-feira à tarde, Passos Coelho considerou que esta foi uma má decisão numa altura em que Portugal está a pedir ajuda externa.
«Na prática, o que o Governo disse foi 'façam mais um dia de feriado, porque o país é suficientemente rico para poder ter mais um dia de descanso'. É um mau sinal, um sinal negativo, que tenho pena que tenha ocorrido», comentou.
Passos Coelho foi ainda confrontado com as críticas de António Capucho em relação à escolha de Fernando Nobre para ser cabeça-de-lista por Lisboa e possível presidente da Assembleia da República.
Sobre esta matéria, o líder do PSD disse não perder tempo com questões «menores».