Este ex-presidente do PSD defendeu que perante a forma como foram anunciadas as mais recentes medidas de austeridade se justifica uma «remodelação» governamental rápida.
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Marcelo Rebelo de Sousa considerou, esta domingo, que as medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro foram feitas «sem noção sobre impacto do pacote».
Na opinião deste comentador, justifica-se mesmo que se faça uma «remodelação» governamental sem se esperar pelas «calendas gregas», tal foi a «brutalidade» do impacto destas medidas.
«Ele não teve a noção do impacto que isto tinha nos portugueses. Aqui também há um problema dos conselheiros dele. Não havia ninguém que dissesse; 'o senhor vai fazer isto assim?'», explicou.
No seu comentário semanal na TVI, este ex-presidente do PSD entende que Pedro Passos Coelho «não percebeu que isto poderia significar a pré-rotura psicológica do país com ele».
«Até agora, havia pré-roturas com alguns membros do Governo», acrescentou Marcelo, que explicou que até agora as pessoas pensavam sobre quais poderiam ser as alternativas.
Ao apresentar as medidas de austeridade como apresentou de forma «impreparada», «vai ter agora o ministro das Finanças de ajudar como umas explicações», algo que Passos Coelho também terá de fazer junto com algumas medidas.
Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu ter poucas informações sobre este pacote de austeridade e garantiu que faltam apresentar mais medidas.
Sem querer dizer se este pacote respeita ou não a Constituição, o professor de Direito disse ter a certeza de que significa um «imposto», a não ser que o primeiro-ministro diga que «este desconto a mais é fundamental para a sobrevivência da Segurança Social».
«Isto não é uma taxa, porque não tem contrapartida. na taxa, há uma contrapartida mais ou menos genérica, mas aqui não há nenhuma, porque os benefícios estão a baixar», concluiu Marcelo, que acredita que esta medida foi feita desta forma para agradar o CDS-PP.