O antigo autarca do Funchal assume, em declarações à TSF, que, se for eleito, irá continuar membro do Governo da República, afirmando que as duas funções não são "de maneira nenhuma" incompatíveis.
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O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, revelou esta segunda-feira à TSF que se vai candidatar à liderança do PS/Madeira, assumindo que esta será a "causa" da sua vida.
"Serei mesmo candidato para uma liderança do partido, mas mais do que isso, o meu objetivo é encabeçar um movimento que seja aglutinador", é assim que Paulo Cafofo adianta à TSF a sua intenção de avançar para substituir Sérgio Gonçalves, o ainda líder do PS/Madeira.
O anúncio surge após Sérgio Gonçalves ter afirmado esta segunda-feira que não se vai recandidatar à liderança da estrutura regional nas próximas eleições internas, reconhecendo que o partido não cumpriu os objetivos definidos para as legislativas regionais de 24 de setembro.
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O PS Madeira obteve 21% dos votos nas últimas eleições regionais, um resultado que leva a uma rotação da liderança dos socialistas madeirenses.
"Os nossos adversários não são os outros partidos de oposição. O nosso adversário é o PPD, neste caso está aliado ao CDS e agora ao PAN, e esta será a causa da minha vida", adianta Paulo Cafôfo.
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O antigo autarca do Funchal explica ainda que a concretização da sua candidatura advém de uma vontade de mudança para a região e que esta é uma candidatura para quatro anos, em que será candidato às regionais.
"É daqui a quatro anos ou a aconteçam elas quando acontecerem e a oposição que farei será uma posição muito ativa numa marcação cerrada, marcada por aquilo que é a minha pessoa, que só sabe fazer política pela proximidade", afirma.
Paulo Cafôfo, ainda assim, assume que se for eleito líder do PS/Madeira vai continuar membro do Governo da República: "Esta minha vontade de encabeçar a liderança do Partido Socialista não é de maneira nenhuma incompatível com a Presidência da Federação do PS Madeira, aliás, há outros membros do Governo que também têm essas responsabilidades noutras federações e não há não há aqui incompatibilidade entre as minhas funções no Governo, com as minhas funções de presidente da Federação do PS Madeira."