O ministro da Economia disse, esta terça-feira, compreender os motivos do protesto dos taxistas, sublinhando que a Uber deve ter regras próprias e que precisa de ser enquadrado.
Corpo do artigo
Para António Pires de Lima, que falava à margem da apresentação de um plano de desenvolvimento para Vilamoura, a Uber não seria sentido "como uma ameaça" pelos taxistas " se não tivesse gente, provavelmente muita gente, a procurar os seus serviços" e se não estivesse a prestar um serviço "que alguns entendem como necessário e inovador".
"Entendo o sentido ou, pelo menos, julgo entender uma parte do sentido dos seus protestos", disse, aos jornalistas, acrescentando que a Uber é um serviço que deve ter "regras próprias" e que precisa de ser "enquadrado".
Segundo o ministro, o esforço de enquadramento da nova atividade já levou à criação de um grupo de trabalho europeu onde Portugal "deve participar e ter uma voz ativa", para que "não se conheçam diferentes enquadramentos, diferentes regulamentos", de país para país.
"É importante aguardar pelos resultados desse trabalho e esperar, porque é evidente que, no final, temos que ter regras de concorrência que sejam sentidas como regras de concorrência saudáveis", concluiu.
Milhares de taxistas protestaram hoje em marcha lenta no Porto, em Lisboa e em Faro, contra o transporte de passageiros por condutores através da aplicação eletrónica Uber, numa iniciativa organizada pela Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).