O ministro da Saúde afirmou que o Governo vai acabar com as limitações administrativas.
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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garante que o ano tem "corrido bastante bem" no que toca a contratações nos hospitais, com uma "capacidade de atração superior a 90%" e revelou que o Governo vai "acabar com limitações administrativas" para alargar a autonomia dos hospitais.
"Há muitos mecanismos de contratação hoje que já estão dentro da autonomia dos hospitais. Em relação aos jovens recém especialistas, a autonomia é muito ampla, foi concedida por um despacho conjunto meu e do ministro das Finanças. Não tenho números finais porque há, ao mesmo tempo, contratação direta dos hospitais e um processo de concurso para as especialidades que não participam na urgência hospitalar, mas diria que vamos atrair mais de 80% dos especialistas hospitalares que concluíram a sua formação. Queremos prosseguir esse reforço de autonomia", explicou Pizarro.
Questionado sobre se há falta de peso político do ministro da Saúde em relação ao ministro das Finanças, Pizarro recusa "servir de comentador político".
"Em matéria de contratação dos médicos os resultados estão à vista. Vamos prosseguir este esforço de contratação e terminar com qualquer limitação administrativa à transição das unidades de saúde familiar para o modelo de USF, em que os médicos têm a sua remuneração associada ao desempenho, que aumenta a prestação de serviços em cada um dos centros de saúde. Se a isso somarmos o investimento do Plano de Recuperação e Resiliência, isto é uma dimensão de investimento que o Serviço Nacional de Saúde nunca tinha visto nos anos anteriores", respondeu o ministro.
Para que o Serviço Nacional de Saúde continue a atrair profissionais e a aumentar o número de médicos de família disponíveis, Pizarro defende que se aumente a formação de jovens especialistas de medicina geral e familiar, mas não só.
"Ser capaz de os atrair conforme se vão formando e depois criar melhores condições de exercício profissional", defende.
Sobre a greve dos médicos prevista para a Jornada Mundial da Juventude, o ministro disse apenas que, nesta fase, ainda está concentrado nas negociações e na preparação do plano de emergência.
"Estamos todos empenhados em que tudo corra bem e não tenho dúvida de que vamos todos fazer o esforço possível para dar ao mundo a melhor imagem possível", acrescentou Pizarro.