Líder do PSD vai dedicar a próxima semana ao tema da saúde, percorrendo Portugal continental em visitas a hospitais, centros de saúde e com reuniões de trabalho com agentes do setor.
Corpo do artigo
Não é médico, mas vai tentar vender a cura social-democrata para o SNS país afora. Luís Montenegro vai passar a próxima semana em visitas e reuniões, procurando denunciar o que está errado, dando visibilidade ao tema e, pelo caminho, tentando conquistar potenciais eleitores para as ideias do PSD.
O tema já tem bastante destaque mediático, mas começando logo na segunda-feira com uma Comissão Política Permanente dedicada ao tema da saúde, o presidente social-democrata vai tentar forçar o país e o governo a pensar o setor e, mais do que isso, fazer ouvir o que o PSD quer para a saúde em Portugal.
Miguel Pinto Luz, um dos vice-presidentes do partido, diz à TSF que é um "roteiro vasto e completo" e que o PSD vai estar "de norte a sul do país a falar com profissionais de saúde, hospitais, centros de saúde, ordens profissionais, mas também com as empresas na área farmacêutica", por exemplo. Também a preocupação com o INEM e com a emergência médica não vão ficar de fora, assegura Pinto Luz.
"Não conseguimos ir a tudo nesta semana, continuaremos o trabalho no terreno, mas esta é uma semana para marcar, de facto, aquilo que o PSD faria de diferente", sublinha o vice-presidente do partido lembrando que, na quinta-feira, há debate potestativo na Assembleia da República com a saúde em cima da mesa.
Para esse debate, o PSD leva alguns projetos de resolução que traduzem algumas ideias já bastante veiculadas pelo partido, como por exemplo "contratualizar a atribuição de listas de utentes sem médico de família a médicos especialistas em medicina geral e familiar, para tal se recorrendo, quando necessário, aos setores social e privado".
Além disso - e apesar de serem recomendações ao governo - o PSD vai defender a consignação "à promoção da saúde e à prevenção da doença a totalidade das receitas obtidas com o imposto sobre as bebidas não alcoólicas e 3% do produto do imposto sobre o tabaco", a "aposta na digitalização no setor da saúde" ou até a "criação da Agência de Dados em Saúde, dotando-a de capacidade tecnológica capaz de proceder à recolha e processamento analítico dos dados em saúde", entre várias outras medidas.
Na farpa política, Miguel Pinto Luz faz questão de frisar: "o PS enche a boca dizendo que foi o pai do SNS, mas do nosso ponto de vista tem sido o coveiro deste SNS". A consulta do PSD fica então agendada, a prescrição política chegará ao longo da próxima semana.