A idade e a saúde débil do Papa, por um lado, e a presença de mais de um milhão de pessoas, por outro, justificam as preocupações com a resposta dos serviços públicos de saúde durante a Jornada Mundial da Juventude. O Hospital de Santa Maria centraliza o atendimento, mas não está autorizado a receber voos de emergência.
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A falha é antiga, mas voltou à ribalta com a vinda do Papa e de milhares de pessoas a Lisboa, em agosto. O Hospital de Santa Maria é um dos muitos que tem heliporto, mas não pode usá-lo por falta de certificação, uma licença para operar que é atribuída pelo Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC). Nesta altura, apurou a TSF, decorrem negociações entre o INEM, o Hospital de Santa Maria e o INAC.
Procura-se uma fórmula que permita ao INEM operar voos de emergência e pousar no maior hospital do país, sem comprometer a segurança nem a cobertura das seguradoras, caso algo corra mal.
Fontes ligadas ao plano do Ministério da Saúde para a Jornada Mundial da Juventude dizem à TSF que, sem essa licença, pode ser complicado receber doentes críticos que precisem de ser helitransportados.
Será preciso fazer como até agora: os doentes graves que chegam de helicóptero têm de pousar primeiro, por exemplo, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, e ser depois transportados de ambulância para o Hospital de Santa Maria. A alternativa é o aeroporto de Lisboa ou o Hospital Militar de Figo Maduro.