A Plataforma Portuguesa das ONG para o Desenvolvimento diz que a CPLP não pode converter-se num clube de negócios em que os interesses económicos de uma elite se sobrepõem aos «direitos e à dignidade dos povos da comunidade».
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A Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento decidiu suspender as suas funções como observadora na CPLP em protesto contra a adesão da Guiné Equatorial à organização.
Para esta plataforma, a CPLP não é nem pode converter-se num clube de negócios em que os interesses estritamente económicos de uma elite se sobrepõem aos «direitos e à dignidade dos povos e dos países que fazem parte desta comunidade».
Ouvido pela TSF, o presidente desta plataforma entende que a entrada da Guiné Equatorial na CPLP contraria todos os «objetivos» e «princípios» da comunidade e, por isso, estão dispostos a «pagar o preço da coerência».
«Não queremos nem podemos contribuir para estes objetivos que foram desta forma estabelecidos para a CPLP e que, na verdade, acaba por fazer prevalecer os interesses económicos dos países da comunidade», explicou Pedro Krupenski.