A eurodeputada socialista fala numa desvalorização e atentado à própria imagem e potencial da CPLP» e classifica o regime de Malabo de ser «ditatorial e ladrão do seu próprio povo».
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A eurodeputada Ana Gomes ficou chocada com a adesão da Guiné Equatorial à CPLP, embora não tivesse ficado surpreendida com a decisão tomada na cimeira da organização que está a decorrer na capital timorense, Díli.
Em declarações à TSF, a eurodeputada socialista considerou que esta decisão «é uma desvalorização e um atentado à própria imagem e potencial da CPLP».
«No fundo, está a branquear um regime ditatorial e criminoso que tem processos nos EUA e em França por criminalidade económica e financeira. Estamos perante um regime ditatorial e ladrão do seu próprio povo», sublinhou.
Ana Gomes sustenta não há razões para branquear politicamente» o regime «completamente isolado a nível mundial» de Malabo, «um dos párias quer por critérios de Direitos Humanos quer por critérios de decência elementar».
Apesar disto, a eurodeputada entende que deverá passar a existir um aumento do escrutínio do que se passa na Guiné Equatorial com o «redobrar das atenções dos jornalistas e de organizações portuguesas no sentido de presar o povo da Guiné Equatorial contra um regime ladrão e opressor».