Passos mostra-se esperançado num acordo em concertação social que não vai incluir a questão da meia hora extra no privado, o que não significa que a proposta tenha sido abandonada.
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O que o Governo garante à TSF é que não mudou de ideias, não abdica da posição de fundo, ou seja, a meia-hora mantém-se.
É certo que a meia-hora não está no documento que está em cima da mesa, na concertação social, mas porque é noutra sede que a medida tem de ser aprovada: na Assembleia da República, onde está, em formato de «proposta de lei», depois de ter passado pelo conselho de ministros.
Também é certo que a UGT entrou na reunião dizendo que só assinava o acordo se a meia-hora desaparecesse e, por isso, das duas uma: ou a UGT mudou de posição ou Governo assumiu o compromisso de recuar cá fora, ou seja, no Parlamento, a troco de qualquer outra medida que os parceiros tenham proposto e que produza os mesmos efeitos.
A esta hora, o documento que UGT, patrões e Governo têm em mãos já não é o que guiou as reuniões bilaterais (que marcaram o fim-de-semana). O executivo assumiu desde o primeiro momento que estava disponível para negociar e fonte ligada ao processo confirmou já à TSF que foram feitas algumas alterações. Tanto assim é que o novo documento tem mais cinco páginas que o anterior.
Com ou sem alterações, a CGTP rejeitou liminarmente um acordo e, nesta altura, o que os restantes parceiros estão a fazer é a discutir o novo texto ponto por ponto, já sem grandes dúvidas de que daqui sairá um acordo e por isso com a reunião já muito focada nas expressões a usar num documento final.