O filme "Pôr do Sol: o mistério do colar de São Cajó" estreia a 3 de agosto nos cinemas e é uma prequela da série da RTP "Pôr do Sol".
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Terminaram as rodagens do filme "Pôr do Sol: o mistério do colar de São Cajó". A longa-metragem estreia a 3 de agosto e é uma prequela de "Pôr do Sol", a série da RTP que é uma sátira às telenovelas nacionais.
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O último episódio da segunda temporada de "Pôr do Sol" tirou as medidas às salas de cinemas, - em setembro de 2022 foi exibido de forma gratuita em cinco salas de cinema do país. Agora, em agosto, sobe ao grande ecrã com uma nova história.
"Neste filme fomos mais fundo nas personagens. Enquanto no género televisivo é tudo mais pela rama, aqui vamos um bocadinho atrás, damos alguns pormenores para se perceber melhor como é que as personagens se tornaram naquilo que se tornaram, nas duas temporadas. Porque é que que os "Jesus Quisto" são aquela banda, porque é que o Simão é mau. Era o que nos fazia sentido contar. Não fazia sentido prolongar a história", explica à TSF o argumentista, Henrique Dias.
"O filme é a procura da justificação para muita coisa que aconteceu nas duas temporadas. É uma prequela"
Os espectadores vão assistir à história que antecedeu as duas temporadas de "Pôr do Sol".
A série da RTP retrata o quotidiano da família Bourbon de Linhaça, conhecida em Santarém por ser uma das mais influentes. É dona da herdade do Pôr do Sol, que produz as melhores cerejas e onde os cavalos são campeões de corrida. O Pôr do Sol é um antídoto para as telenovelas nacionais. Aqui, o enredo surge quando o cavalo de corrida milionário dos Bourbon de Linhaça começa a correr para trás, ou quando a família não consegue vender aos produtores, toneladas de cerejas com sabor a gambas, para fazer arroz de marisco.
À TSF, o ator Marco Delgado garante que o filme promete mais situações inusitadas: "Este filme vai ser muito engraçado. O guião é absolutamente genial, o Henrique (argumentista) está mais refinado. Há um upgrade em relação às duas temporadas, até porque o formato é diferente, - é um filme, não há assuntos que se prolongam no tempo. É inusitado e tem um sentido de humor muito britânico".
Para desvendar o "mistério do colar de São Cajó" o elenco foi reforçado com cinco atores que, para fazer rir, têm de levar o guião muito a sério.
"A comédia só é boa quando é comédia para os outros, não para as personagens. Ou seja, quando o engenheiro Eduardo Bourbon de Linhaça compra um cavalo por sete mil milhões de euros que depois corre para trás, para ele aquilo é um drama, mas é um drama mesmo. Para as pessoas é que tem graça", sublinha o ator Rui Melo.
O tamanho da tela é maior e as expectativas também aumentam, mas para o realizador Manuel Pureza, o importante é fazer rir: "As pessoas têm de ir ao cinema rir-se muito com isto e se se perguntarem "como é que estes gajos fizeram isto?", está ganho e acho que, em algumas sequências, isso vai acontecer".
Sem revelar pormenores e mantendo o mistério que dá nome ao filme, o argumentista Henrique Dias deixa uma promessa: "Eu tenho a certeza que este filme vai ser, como se diz agora numa linguagem moderna, um produto diferenciador. É uma coisa diferente do que as pessoas estão à espera. Se é bom, se é mau, não vou por aí... eu gosto, mas vamos esperar para ver o que as pessoas acham".
O filme "Pôr do Sol: O mistério do colar de São Cajó" estreia a 3 de agosto, nos cinemas e surge de um acordo entre a Coyote Vadio, a RTP e a NOS audiovisuais.