Segundo o presidente da Associação Académica de Coimbra, verifica-se "um ligeiro" aumento dos preços face ao ano passado. Os valores "raramente" ficam abaixo dos 200 euros mensais.
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Os preços do alojamento "estão mais caros" na cidade dos estudantes, segundo o presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), João Caseiro. Comparado com o ano passado, a situação "não piorou significativamente, mas piorou".
"Houve um aumento do preço das rendas, mas essa realidade já se observava no ano passado. A verdade é que não houve uma melhoria. Há um ligeiro aumento dos preços, mas o ano passado foi o ano mais crítico em termos de aumento. A realidade mantém-se e o alojamento atualmente em Coimbra é pouco acessível à comunidade estudantil."
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Quanto ao preço, João Caseiro assinala que "acaba por ir entre valores nunca abaixo dos 200 euros, ou raramente abaixo dos 200 euros mensais, até poder passar os 300".
"Se formos àquela oferta mais ligada a estúdios que agora há muitas organizações a investir nesse tipo de arrendamento, nesse tipo de prédios - há blocos, mesmo prédios que única e exclusivamente servem estúdios - acabam por ser valores mais avultados. Valores que já rondam os 450 euros para cima sempre."
As residências universitárias são uma das opções mais acessíveis para os estudantes, mas na cidade a oferta é limitada. "Neste momento são 12, 13 residências, com 1200, 1300 camas. A Universidade de Coimbra conta com uma realidade de 25 mil estudantes, onde 70 por cento destes estudantes são deslocados. Percebemos que a oferta acaba por ficar muito aquém daquilo que é a deslocação destes estudantes para Coimbra."
Para João Caseiro é, no entanto, "positivo" o facto a Universidade de Coimbra ir requalificar e construir residências no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em Coimbra, entre as opções mais acessíveis, há ainda as repúblicas, mas os estudantes universitários podem também partilhar casa com um idoso. Trata-se do projeto Abraço de Gerações, dinamizado pela Associação das Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel (ACERSI), em parceria com a AAC e a Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra.
Embora admita "pouca procura por parte da comunidade estudantil", João Caseiro afirma que "é um projeto para preservar e procurar melhorar".