"Presidente da República não tem alternativa que não seja devolver a palavra ao povo"
O conselheiro de Estado Luís Marques Mendes defende que se quiser ser "coerente" Marcelo Rebelo de Sousa tem de convocar eleições antecipadas.
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Antes de falar ao país, na quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa vai ouvir os conselheiros de Estado. Entre eles, Luís Marques Mendes, que no seu espaço de opinião na SIC, esta terça-feira, considerou que o presidente da República só tem uma opção: convocar novas eleições.
"O Presidente da República, quando deu posse a António Costa, foi muito claro, explicou logo: 'se o senhor sair, seja para o que for, devolver-se-á a palavra ao povo'. Portanto, em coerência, o Presidente da República não tem alternativa que não seja devolver a palavra ao povo, ou seja, a dissolução do Parlamento e eleições antecipadas."
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"Os sinais são todos nesse sentido", aponta Marques Mendes, uma vez que Marcelo Rebelo de Sousa convocou todos os partidos para audições esta quarta-feira e o Conselho de Estado para quinta-feira, "dois requisitos que Constituição obriga a cumprir quando se quer fazer uma dissolução - é obrigatório ouvir os partidos e é obrigatório ouvir o parecer do Conselho de Estado."
Marques Mendes defende ainda que Marcelo Rebelo de Sousa tem de dar tempo ao PS para encontrar um novo líder, que, na sua opinião, poderá ser Pedro Nuno Santos.
O cenário de eleições antecipadas, antigo ministro das infraestruturas, antecipa Marques Mendes, deverá entrar na corrida a São Bento contra Luís Montenegro.
Já quanto à data para eleições, o Conselheiro de Estado acredita que serão no próximo ano, em fevereiro ou no início de março.