O programa eleitoral do PSD, que será apresentado este domingo à tarde, prevê vários cortes na despesa pública, como a redução do número de assessores e o fim dos governos civis.
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A "tesoura" social-democrata quer eliminar 49 deputados, reduzindo os actuais 230 para 181, encolher de 14 para 10 os ministérios e limitar a 25 o total de secretários de Estado. Num Governo mais pequeno, o PSD promete um corte de 15 por cento nas despesas.
Segundo o Diário de Notícias e o jornal Público, o programa do PSD prevê também reduzir ao máximo de três o número de administradores em empresas públicas.
A "dieta" social-democrata para eliminar as gorduras do Estado inclui também a introdução da regra cinco por um na administração pública, ou seja, é contratado um funcionário por cada cinco que saiam.
No capítulo das privatizações, o programa coordenado por Eduardo Catroga vai mais longe do que as propostas da "troika". O PSD promete alienar a TAP, a ANA - Aeroportos e a CP Carga e também vender os activos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na área dos seguros e da saúde.
Nas contas dos social-democratas, o Estado vai assim conseguir encaixar entre 5300 milhões a 8500 milhões de euros, o que significa entre três a cinco por cento do PIB.
No plano fiscal, o programa com mais de 100 páginas propõe ainda um corte de quatro pontos percentuais na Taxa Social Única, admitindo uma redução mais elevada para as empresas exportadoras.