Em declarações à agência Lusa, Alfredo de Sousa critica Passos Coelho pela forma como reagiu ao chumbo do Tribunal Constitucional às medidas do OE2013
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O Provedor de Justiça, Alfredo de Sousa, considerou hoje «excessivas e desnecessariamente agressivas» as declarações do primeiro-ministro, Passos Coelho, sobre o acórdão do Tribunal Constitucional relativamente às medidas do Orçamento do Estado para 2013.
«As declarações foram excessiva e desnecessariamente agressivas em relação a um órgao que é a cúpula do poder juducial», disse, em declarações à Agência Lusa, o ex-presidente do Tribunal de Contas.
Alfredo de Sousa, que falava à margem do «Observatório da fiscalidade portuguesa - Tributação do Património Imobiliário», que se realiza hoje em Lisboa, disse também que Passos Coelho poderia ter-se limitado a dizer «discordo mas cumpro».
E acrescentou: «Apontar o acórdão do Tribunal Constitucional como o motor de muitas consequências negativas para os portugueses pareceu-me exagerado».