PS, CDS e PSD mostram-se satisfeitos com o facto de a Procuradoria-Geral da República (PGR) abra um inquérito-crime às contas da Madeira e confiam no eleitorado para julgar Alberto João Jardim, ainda que por diferentes razões.
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«Tenho que aplaudir tudo o que seja o esclarecimento desta situação, porque a haver responsabilidades pessoais e penais essas responsabilidades devem ser investigadas e colocadas por quem de direito nos locais de direito», considerou o candidato do PS Madeira às eleições de Outubro.
Para Maximiano Martins, «quem gere a coisa pública deve fazê-lo com grande responsabilidade», sendo que a irresponsabilidade nestes casos deve ter uma «penalização política» do eleitorado e ainda uma «responsabilização de natureza pessoal».
Depois de ouvir o líder do PSD a dizer que a situação das contas da Madeira é grave e que afinal já não vai à Madeira fazer campanha ao lado de Jardim, o socialista acredita que «de uma forma subtil» Passos Coelho retirou a confiança política ao líder do PSD Madeira.
Além disso, destacou, o também primeiro-ministro afirmou que são os eleitores e os militantes do PSD que «têm a palavra».
Também José Manuel Rodrigues, candidato do CDS-PP, entende que foi retirada a confiança política a Alberto João Jardim pelas mesmas razões.
«Ocultar a dívida é naturalmente um crime», disse ainda, aplaudido a decisão da PGR e esperando que ela seja rápida e que quem tem de assumir as responsabilidades que as assuma.
Por outro lado, o social-democrata Guilherme Silva disse ter a certeza, enquanto «jurista» e conhecedor da lei, de que este inquérito irá ilibar os responsáveis políticos madeirenses.
«Essa averiguação vai concluir pela inexistência de qualquer crime e ficará a opinião pública ciente de que se investigou sem nenhuma restrição o que tinha de ser investigado», considerou.
Na opinião do deputado eleito pelo círculo da Madeira, não se deve confundir «uma falha de ordem legal numa questão de informação que é naturalmente relevante» com a prestação de governante de Alberto João Jardim. Neste sentido, entende que o líder do PSD Madeira vai preservar a maioria absoluta nas próximas eleições.