Francisco Assis disse na terça-feira que a direita está «com medo» porque sabe que está a caminho de uma derrota que pode ser «histórica» e apontou também o dedo a Cavaco Silva.
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O cabeça de lista do PS às europeias eleva a fasquia e diz que a coligação PSD/CDS-PP está «com medo» daquilo que o candidato socialista acredita poder vir a ser uma «derrota histórica» da Aliança Portugal nas eleições europeias.
Assis considera que é esse o motivo pelo qual Governo e partidos da maioria convocam «falsas indignações» e se empenham numa «campanha de calúnias».
Durante o discurso em Santa Maria de Lamas, perante militantes e simpatizantes socialistas, e onde contou com a participação da presidente do partido, Maria de Belém, e do deputado Pedro Nuno Santos, o cabeça de lista do PS às europeias não esqueceu o presidente da República, acusando Cavaco Silva de ter tido uma «colaboração ativa» para com «doses de austeridade cavalares», injetadas pelo Governo.
Reagindo às críticas da Paulo Rangel sobre o «despesismo socialista», Francisco Assis disse ainda que «é indecoroso que o cabeça de lista da aliança da direita ande pelo país a falar e atuar como se nada tivesse ocorrido durante estes últimos 5 anos».
Já António José Seguro, referindo-se ao subir do tom do debate entre a candidatura socialista e a candidatura da coligação PSD/CDS-PP, diz que «quem quer casos é o Governo».
Seguro mencionou ainda um tweet de Jean-Claude Juncker, em que o candidato à presidência da Comissão Europeia, que é apoiado pelo Governo e pela coligação Aliança Portugal, admite que, para ele, «as pessoas são tão importantes como as mercadorias e o capital».
Para o líder socialista, os carateres escritos por Juncker expressam bem a forma como Paulo Portas e Pedro Passos Coelho tratam o povo português.
Maria de Belém Roseira, outra das oradores da noite, acusou a coligação de estar a fazer uma «campanha que concentra o seu ataque nas personalidades mais visíveis do PS».