O candidato Sérgio Gonçalves volta a falar em tentativas de condicionamento pelo PSD.
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O PS quer comprar um bilhete de partida para Miguel Albuquerque e lembra que, nos últimos dez anos, cerca de 17 mil madeirenses foram obrigados a deixar a região. O candidato Sérgio Gonçalves pede a desforra, nas urnas, mas tirar o PSD do poder não e afigura tarefa fácil.
O candidato do PS, Sérgio Gonçalves, subiu ao palco com a comitiva em peso. Entre eles, o atual secretário de estado Paulo Cafôfo que há quatro anos esteve perto de tirar o PSD do poder. É esse o objetivo dos socialistas, mas as sondagens indicam que a coligação formada pelo PSD e pelo CDS leva uma larga vantagem.
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Recorrendo aos números, que mostram que 17 mil pessoas deixaram a região na última década, Sérgio Gonçalves pede que seja envida uma mensagem através do voto: "Quem tem de emigrar agora é o PSD, é Miguel Albuquerque, é o seu Governo".
Miguel Albuquerque até avisou que não governa sem maioria absoluta, e Sérgio Gonçalves quer "fazer-lhe a vontade". "No próximo dia 24 de setembro, nós vamos fazer-lhe a vontade e votar no PS", acrescentou.
A "única alternativa ao PSD é o PS", sublinha Sério Gonçalves, que quer captar os votos a todas as cores políticas, numa altura em que três novos partidos podem entrar no Parlamento: Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e Chega.
Os socialistas prometem baixar o IVA de 22 para 16 por cento, para que ao fim de um ano "tenhamos um mês de poupança". Também o IRS é para baixar e Sérgio Gonçalves lembra que os "madeirenses pagam mais do que os açorianos em cinco dos escalões".
E, na habitação, que vai marcando o debate político nacional, o PS garante que "a prioridade para o betão será a habitação". "Nada temos conta a habitação e contra o turismo, mas a nossa prioridade será sempre a habitação", sustentou.
Sérgio Gonçalves volta a falar em tentativas de condicionamento pelo PSD, depois de chamadas em castelhano para emigrantes da Venezuela, apelando ao voto nos social-democratas, agora "SMS"s da JSD a dizer que pagavam as viagens de avião se quisessem ir votar".
"Isto é uma vergonha e tem de acabar", apela.
Sérgio Gonçalves assumiu a liderança do PS Madeira depois da demissão de Paulo Cafôfo, que deixou o partido após as eleições autárquicas, na sequência da derrota no Funchal.