PSD defende celebração do 25 de Novembro e atira responsabilidade para Santos Silva
Joaquim Miranda Sarmento defende que, mesmo não havendo consenso, não vê razões para que não se celebre a data.
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O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, garantiu esta segunda-feira que a decisão de não incluir o 25 de Novembro nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril foi "exclusiva" do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e diz não ver razões para que a data não se celebre.
"É uma decisão do senhor presidente da Assembleia da República, exclusiva, que entendeu que a não consensualização deveria excluir o 25 de Novembro das comemorações", assinalou o social-democrata, sem deixar de notar um outro momento que, apesar de não ter colhido acordo total no Parlamento, aconteceu.
"Recordo que nós recebemos o Presidente Zelensky - por Zoom, mas recebemos o Presidente Zelensky em plenário - e essa decisão também não foi consensual. O PCP não marcou presença no plenário e, ainda assim, recebemos o Presidente Zelensky", assinalou, argumentando que, também assim, não vê "razão nenhuma para não comemorar o 25 de Novembro".
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Miranda Sarmento recorreu até a palavras do próprio líder da AR, Santos Silva, recordando um episódio de 2008 em que este, "perante uma manifestação de professores, disse que a democracia em Portugal se devia a Mário Soares e Salgado Zenha, não a Álvaro Cunhal ou Mário Nogueira".
O caso remonta a março de 2008, quando o então ministro dos Assuntos Parlamentares acusou em Chaves, à entrada para uma reunião do Governo, os manifestantes no local de estarem a levar a cabo clima de intimidação antidemocrática".
"A liberdade é algo que o país deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira", disse o então governante, acrescentando que estes "lutaram por ela antes do 25 de Abril contra o fascismo, e lutaram por ela depois do 25 de Abril contra a tentativa de tentar criar em Portugal uma ditadura comunista".