Ouvido no Fórum TSF, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Lino Maia, defendeu a importância de uma sociedade civil que se mobiliza.
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O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) admite que o maior risco do impacto mediático do caso Raríssimas é uma desmobilização da sociedade civil quanto à participação nos projetos do sector social.
Ouvido no Fórum TSF, o padre Lino Maia disse não ter conhecimento de "grande afetação direta desta polémica" mas receia que "haja de facto uma desmobilização da comunidade".
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"As instituições de solidariedade são a expressão de uma comunidade que não se demite, face aos problemas organiza-se e responde. Com esta polémica, pode acontecer haver alguma desmobilização. Haver menos pessoas disponíveis para dirigir e haver menos pessoas disponíveis para colaborar", adiantou.
Quando à ideia de ser o Estado a ter de assegurar tarefas atualmente desempenhadas pelo terceiro sector, uma ideia defendida por alguns partidos mais à esquerda, Lino Maia diz compreender que o debate seja feito mas lembra que essa solução fica mais caro para o Estado.
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"É importante verificarmos que aquilo que se faz não é feito com intuitos lucrativos. É uma comunidade que se mobiliza, que responde! Ao Estado fica mais barato até, e temos uma comunidade mais envolvida", defendeu Lino Maia.
O presidente da CNIS considerou que "o Estado tem de ter políticas" e que "há respostas que devem ser o Estado a desenvolver" mas lembra que, "em termos de ação social direta, as instituições já provaram que são quem melhor faz". "É importante que não as desmobilizem", concluiu.