Ministra da Coesão Territorial explicou que a redução nas portagens naquelas vias está contemplada num programa específico e integrado, de incentivo à utilização do transporte coletivo.
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A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa afirmou esta terça-feira, que a Via do Infante no Algarve vai beneficiar de redução no preço das portagens no âmbito da revisão do programa Trabalhar no Interior prevista na proposta de Orçamento de Estado para 2023.
Em declarações aos jornalistas em Caminha, a governante explicou que a autoestrada A22 terá "o mesmo tratamento que as vias do interior". Não adiantou, contudo, se a A28 (Porto-Viana do Castelo), será incluída.
"Estamos a falar de vias no interior e na A22. Quero aqui sublinhar que a Via do Infante, está incluída. Tem o mesmo tratamento que as vias do interior, porque não tem alternativas e os transportes públicos existentes não respondem às necessidades das populações", declarou Ana Abrunhosa, à margem da inauguração de uma nova incubadora para apoio ao empreendedorismo rural, que resultou a remodelação da antiga escola primária de Venade, em Caminha.
Sobre se a A28 também pode ser considerada prioritária, no âmbito das novas medidas de apoio à mobilidade no interior do país, a Ministra da Coesão respondeu que aquela via "tem estado para já no pacote dos descontos e o programa definirá depois em concreto quais as vias, mas privilegiaremos os territórios do interior e a A22".
A governante explicou que a redução nas portagens naquelas vias está contemplada num programa específico e integrado, de incentivo à utilização do transporte coletivo, que deverá avançar no início do próximo ano. "Na proposta de Orçamento de Estado para 2023, que já entrou na Assembleia da república, está prevista uma norma programática, que reflete o compromisso do Governo de, no primeiro trimestre de 2023, trabalhar um programa que tem a ver, não só com redução dos custos de contexto nas autoestradas do interior, continuar a reduzir as portagens, mas também com pensar a mobilidade e acessibilidade nos territórios", afirmou, justificando os novos apoios com os custos da mobilidade para as populações, empresas e municípios nas regiões interiores.
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"Há um problema grande no interior em que as pessoas têm que obrigatoriamente usar o automóvel porque não há transportes públicos coletivos e quando há geram grandes custos às autarquias", referiu, adiantando: "Os programas que existem, o PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos), que apoia os passes, ou o ProTrans (Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte), que ajuda a criar oferta de transporte público, não são iguais em todo o território e, por isso, temos de criar um que faça simultaneamente duas coisas: permita que haja oferta de transporte público e incentivo as pessoas a deixar o carro."
E concluiu: "Enquanto isto não acontecer, aquelas portagens são um custo de contexto muito elevado para as empresas de transporte, para as famílias e para quem visita estes territórios."
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