A deliberação da administração do Centro Hospitalar de Lisboa é de quarta-feira e contraria a decisão do tribunal que mandou repôr até hoje todos os serviços da Maternidade Alfredo da Costa.
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Em declarações à TSF, Célia Neves, da antiga comissão de trabalhadores e uma das responsáveis da providência cautelar que travou o fecho da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), diz que a decisão contraria a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa que mandou o Ministério da Saúde repôr, até ao final desta sexta-feira, todos os serviços da MAC.
Agora, a meio do processo, o conselho de administração reduziu para 30 o número de mães que a maternidade pode receber.
(a capacidade instalada são 60, mas já antes, no papel, tinha sido reduzida administrativamente para 42).
Para Célia Neves, a MAC continua a estar fora do sistema que encaminha as mães em trabalho de parto para os hospitais.
O advogado que representa o grupo que apresentou a providência cautelar contra o encerramento da MAC espera pelo fim do dia de hoje para fazer balanços sobre o cumprimento ou não das ordens do tribunal.
Ricardo Sá Fernandes explicou à TSF que foi pedida há dias uma reunião ao Ministério da Saúde para encontrar uma solução pácífica e evitar que o fecho da MAC se arraste nos tribunais.
A TSF contactou o Ministério da Saúde que voltou a garantir que vai cumprir a decisão do tribunal de repôr os serviços da MAC, mas assegurou que não vai deixar de avançar com um recurso que deve ser entregue hoje.
Ontem, ao Diário de Notícias, o advogado do conselho de administração explicava que este recurso vai contrariar a ideia de que o fecho da maternidade põe em causa a saúde pública.