Os municípios portugueses estão de braços abertos para acolher refugiados. A Associação Nacional de Municípios Portugueses - concorda com o abandono das quotasobrigatórias, até porque esse acolhimento deve ser feito por uma questão de solidariedade.
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Por isso, vai ser criado um protocolo, para que todos os municípios ajam da mesma forma, evitando comportamentos xenófobos e criando ligações com setores que são fundamentais ao acolhimento dos refugidos.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) afirma que se tem falado muito, mas feito pouco em relação aos refugiados e que, por isso, é indispensável criar uma estratégia nacional.
"O que está em desenvolvimento é um conjunto de boas vontades. Os municípios portugueses estão disponíveis e interessados em participar neste desafio, com todos os cuidados e rigor que deve ter uma intervenção desta natureza", explica.
Manuel Machado, presidente do conselho diretivo da ANMP, refere que os autarcas portugueses sabem que, quer o problema, quer a solução, está nos países de origem dos refugiados. Ainda assim, os municípios estão de braços abertos: "Estamos a recolher a informação mais completa possível sobre disponibilidades e capacidades, questões desde a habitação, o emprego, a saúde e o ensino, bem como a inserção humanista."
Não se trata de uma questão de quotas, mas de solidariedade, dizem os municípios portugueses. "É necessário manter a mensagem de que esta intervenção solidária é igualmente solidária em termos internos, para os que cá vivem hoje. Cada cidadão que recebemos como refugiado não vem prejudicar a nossa vida nacional ou local. É um ato de compreensão humana", refere.
Depois de averiguadas as disponibilidades dos municípios será posto em prática um protocolo, para que todos os municípios façam o acolhimento da mesma forma. Este protocolo será ainda assinado com entidades como os ministérios da Saúde, Educação e Ciência, Administração Interna e o Conselho Português para os refugiados, entre outros.