Secretário de Estado Adjunto da Saúde aponta «dificuldade» do PS em «coordenar mensagens»
O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde afirmou hoje que o PS «tem maior dificuldade em coordenar as suas mensagens» do que o Governo, falando a propósito das declarações de responsáveis socialistas sobre a ADSE.
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«Acima de tudo, o que se demonstra pelas declarações que imediatamente a seguir o líder da bancada do PS fez, é que pelos vistos o PS tem maior dificuldade em coordenar as suas mensagens do que os outros, nomeadamente o Governo», afirmou Fernando Leal da Costa depois de questionado sobre as posições dos socialistas sobre a ADSE.
O líder parlamentar socialista, Carlos Zorrinho, negou hoje que o PS seja favorável à extinção da ADSE, contrariando assim a posição defendida pelo coordenador do seu partido na área da Saúde, Álvaro Beleza.
«Nós temos ideias concretas sobre o que queremos fazer. No momento próprio, essas ideias serão obviamente divulgadas, não estamos numa fase de enviar para os jornais comentários que eventualmente possam depois não ter seguimento», acrescentou o secretário de Estado adjunto do Ministro da Saúde.
Leal da Costa falava aos jornalistas à margem da apresentação de um estudo sobre políticas de combate à droga e toxicodependência, na Universidade Católica, em Lisboa.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, Álvaro Beleza, membro do Secretariado Nacional do PS, afirmou que, caso os socialistas regressem ao Governo, a ADSE deverá ser extinta, considerando que este subsistema de saúde é gerador de injustiças na sociedade portuguesa.
Em declarações aos jornalistas, após a sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do PS, em Viseu, Carlos Zorrinho negou que a extinção da ADSE se encontre nos planos dos socialistas.
«Quero afirmar que o PS não é a favor da extinção da ADSE. Quero que isso fique bastante claro», disse o líder parlamentar socialista.