No Congresso do PS, o líder socialista considerou que Cavaco negou a «esperança e a evidência de que há num caminho alternativo para sairmos da crise» no seu discurso no 25 de Abril.
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O líder do PS acusou o Presidente da República de negar um caminho alternativo de esperança contra a crise e de traçar um «quadro de resignação» no discurso que fez no 25 de Abril.
Na abertura do XIX Congresso do PS, António José Seguro considerou que «erram aqueles que negam ao nosso país o direito de podermos acreditar que há um caminho diferente do prosseguido por este Governo para encarar e resolver os problemas nacionais».
Para Seguro, Cavaco cometeu o «erro de negar a esperança e a evidência de que há num caminho alternativo para sairmos da crise» e «negar o desenvolvimento e a modernidade, em vez de uma receita de asfixia e condenação à pobreza».
Em vez da resignação, o líder socialista disse que se «esperaria um apelo ao melhor das energias de todos para dar curso ao único caminho que vale a pena percorrer».
«O caminho de combate ao atraso, à queda da economia, às desigualdades e às discriminações, que o mais elementar sentido de justiça não pode tolerar numa sociedade democrática», sublinhou.
Para Seguro, «em democracia, há sempre soluções e alternativas e o pior serviço que à democracia podemos esperar é o da descrença na capacidade do povo para criar soluções para os problemas com que está confrontado».
Neste discurso, António José Seguro voltou a ainda a considerar que o primeiro-ministro continua a usar uma receita de austeridade que resulta em tragédia social e que, por isso, não é passível de consensos.
«Não nos peçam para fazer consensos com um Governo que está esgotado e que não tem energia nem credibilidade indispensáveis para mobilizar o nosso país e não nos peçam para ir para o Governo», adiantou Seguro, que reafirmou que o «PS só voltará ao Governo por vontade dos portugueses».