"Sentimento de perda." Maior tília do país não resistiu à intempérie do fim de semana
O presidente da autarquia, José Francisco Rolo, revela, em declarações à TSF, que a substituição da árvore "por outra tília" ou a "transplantação de uma árvore já com algum porte" são algumas das ideias para combater a perda de "um elemento marcante na paisagem da cidade".
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A maior tília do país, uma árvore com mais de 25 metros de altura, localizada em Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, não resistiu à intempérie do fim de semana e acabou por "tombar" devido a fortes rajadas de vento na noite deste sábado.
A árvore, com mais de cem anos, era classificada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas como sendo de interesse público. Agora, a câmara pondera dar uma nova vida ao espaço que durante mais de um século abrigou "um elemento marcante na paisagem da cidade".
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"Temos algumas ideias: substituir a tília por outra tília, fazer uma transplantação de uma árvore já com algum porte. Queremos discutir com a equipa do projeto, mas também com um arquiteto paisagista soluções para reorganizar aquele espaço", revela o presidente da autarquia, José Francisco Rolo, em declarações à TSF.
José Francisco Rolo fala "num sentimento de perda que tem de ser reposto", pelo que o maior objetivo do executivo camarário é "perpetuar a memória daquela tília".
O presidente da autarquia afirma ainda que, apesar da notícia triste para o concelho, o incidente poderia ter resultados muito piores.
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"Durante alguns minutos ficamos em suspenso porque se houvesse um cidadão que passasse obviamente que seria atingido pela árvore", conta.
A tília centenária, localizada no centro histórico de Oliveira Hospital, estava amparada por "estruturas de metal", que acabam por se revelar insuficientes para prevenir que tombasse.
"A árvore caiu pela base de um troco que revelava algumas fragilidades e vulnerabilidades", afirma o autarca, que insiste no facto de o incidente não ter "provocado qualquer dano, nem na torre da Igreja matriz, nem na capela dos ferreiros".
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O autarca explica que a zona onde o incidente ocorreu está em obras, pelo que o trânsito está condicionado, acabando por se evitar, assim, uma "grande tragédia".
"Por sorte, aquela zona tem o trânsito impedido e também há condicionantes ao trânsito pedonal e a árvore acabou por cair na zona onde se está a remover pavimento e se está a colocar infraestruturas. No meio desta perda, tivemos ainda a sorte de não estar a passar ninguém. Felizmente nenhuma pessoa foi atingida, o que seria de facto uma grande tragédia", afirma.