
Comboio
Direitos Reservados
O Sindicato Nacional dos Maquinistas decidiu manter, após uma reunião com a administração da CP, a greve agendada para dia 1 de Janeiro e a paralisação às horas extraordinárias.
Corpo do artigo
O sindicato contesta os processos disciplinares alegadamente ilegais interpostos pela empresa. Os maquinistas dizem este é um dos pontos previstos no acordo assinado com a empresa há 6 meses, mas a administração da CP contesta e garante que o perdão dos processos disciplinares relativos à greve do ano passado não está previsto no referido acordo de Junho.
O presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas considerou, em declarações à TSF, que a reunião foi «uma farsa», até porque o presidente da CP «não apareceu» e a administração da empresa «não adiantou nenhuma proposta que permitisse o acordo».
Se alguma parte deu um passo para que isso acontecesse, continuou António Medeiros, «foi o sindicato, que propôs um tempo de paz social», que garantisse o acordo de Junho.
«Há uma tentativa de afrontar os sindicatos», considerou, acrescentando que a empresa mantém os 200 processos disciplinares.
Por isso, o sindicato decidiu manter a greve, considerando que «a suspensão da greve só depende da administração [da CP] cumprir o acordo e avançar comi propostas para resolver o conflito».
Também ouvida pela TSF, a directora de comunicação da CP lamentou, em nome da administração, a decisão do sindicato «à luz das garantias que reafirmou de que, como habitualmente, todos os processos serão arquivados».
A CP «não pode negociar o exercício do poder disciplinar da empresa», acrescentou.
Quanto à ausência do presidente na reunião, Ana Portela respondeu que a administração fez-se representar pela administradora que tem o pelouro das relações laborais.