Ex-primeiro-ministro está livre do crime de corrupção ligado ao Grupo Lena.
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O juiz Ivo Rosa considerou que Sócrates não favoreceu o grupo Lena enquanto primeiro-ministro, afirmando que a acusação feita pelo Ministério Público "não constitui uma conclusão lógica dos factos narrados". Cai assim o crime de corrupção que lhe era imputado.
"A acusação não prima pelo rigor necessário para que, com base nela, se extraiam as consequências jurídicas", explicou o magistrado.
Para que a acusação fosse bem fundamentada teria de existir, por exemplo, uma listagem das empresas e ministros beneficiados nos concursos.
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No processo Operação Marquês estão em causa 189 crimes económico-financeiros, sustentando a acusação que José Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2005 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses de Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santo (GES) e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento turístico Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios, nomeadamente fora do país, do Grupo Lena.
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