"Tem sido uma viagem bonita." José Condessa à TSF no dia da estreia em Cannes ao lado de Almodôvar
A poucas horas de pisar a passadeira vermelha, o actor de 25 anos tem bons motivos para ficar à beira de um ataque de nervos. O momento, "especial e marcante", não lhe sobe à cabeça. Mas José Condessa sabe que começa a levantar voo no circuito internacional. "Estranha Forma de Vida", de Pedro Almodôvar, e "Rabo de Peixe", a segunda série portuguesa da Netflix, chegam a 26 de Maio.
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Quando aos cinco anos subiu ao palco do Belém Clube, à época na Calçada da Ajuda, em Lisboa, para o primeiro monólogo da sua vida, José Condessa estava longe de poder adivinhar que vinte anos depois estaria à beira de duas estreias mundiais. Ainda nem sabia ler, o pequeno Zé, que com a ajuda do pai decorou então um texto sobre o amor. Ainda o sabe de cor.
O teatro amador é a primeira paixão, e ali fez de quase tudo. Passou pela Academia de Santo Amaro e mais tarde pela Escola Profissional de Teatro de Cascais. Carlos Avilez, "o mestre", como faz questão de sublinhar, foi um farol que lhe iluminou o caminho. A família também. Sempre esteve lá "a vibrar". E hoje, o coração do pai Jorge e da mãe Delfina (que assistiu 32 vezes à primeira peça do filho) vai disparar com a estreia de José Condessa em Cannes.
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Pela primeira vez, cowboy, na curta-metragem de Pedro Almodôvar, onde o amor entre dois homens (Ethan Hawke e Pedro Pascal) volta a ser argumento para uma "Estranha Forma de Vida". Faremos zoom sobre a curta-metragem do realizador espanhol, e também sobre a série "Rabo de Peixe", onde um grupo de amigos tenta sacudir o pó ao destino, depois de meio quilo de cocaína dar à costa. É a primeira temporada, de sete episódios, nesta segunda série portuguesa a entrar para a Netflix: "A história tem pano para mangas", acredita o actor confiante numa réplica e na conquista do público "português e não só".
Motivos para sorrir não lhe faltam, colocando em cada projecto "a melhor versão do seu trabalho".
Agora quer aproveitar o momento. O presente "duma viagem bonita".
A entrevista para a TSF foi gravada na véspera da partida para Cannes.
Foi de "sorriso rasgado e de coração cheio". Como andou sempre "e sempre quis acreditar que o futuro seria assim".