"Tentar aumentar a produção." Cirurgias de obesidade no São João passam a ser aos sábados em 2023
Diretor do Centro de Responsabilidade Integrada de Obesidade faz um balanço muito positivo destes três meses.
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Com o objetivo cumprido, a partir do próximo ano as cirurgias dos programas de obesidade no Hospital de São João deixam de se realizar ao domingo e passam a ser aos sábados, com o bloco a funcionar num horário mais alargado. Desde setembro que o Centro Hospitalar Universitário São João realiza cirurgias programadas fora dos dias habituais para reduzir as listas de espera.
Eduardo Lima Costa, diretor do Centro de Responsabilidade Integrada de Obesidade, faz um balanço muito positivo destes três meses.
"Tivemos 64 cirurgias. Um centro de tratamento de obesidade, legalmente, terá de fazer 50 cirurgias por ano, pelo menos, para ser considerado um centro de tratamento de obesidade no SNS. Nós, só aos domingos, fizemos 64. Claro que isso no nosso universo total de cerca de 900 cirurgias por ano vale o que vale, mas não é um número simbólico, é relevante. Vamos tentar aumentar a nossa produção cirúrgica para o próximo ano, 2023", explicou à TSF Eduardo Lima Costa.
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O responsável explica o que muda a partir do próximo ano:
"No próximo ano existe a possibilidade de termos mais tempos operatórios aos sábados com a conclusão de obras em dois blocos, nomeadamente no bloco de cirurgia de ambulatório, o que nos vai dar maior folga de resposta aos sábados. De momento não se coloca a necessidade de operarmos também ao domingo. Pelo menos nos próximos meses não está previsto que estas cirurgias sejam ao domingo, mas nada impede que no futuro isso não volte a ser equacionado", esclareceu o diretor do Centro de Responsabilidade Integrada de Obesidade.
Para Eduardo Lima Costa, apesar destes avanços, a resposta ainda não é adequada à procura.
"Ainda não temos uma capacidade de resposta que seja adequada à procura que temos. O Centro de Responsabilidade Integrada de Obesidade é, em volume, o maior centro de tratamento de obesidade da Península Ibérica e um dos maiores da Europa. Fazemos cerca de 900 cirurgias por ano e estamos a tentar aumentar a nossa capacidade cirúrgica, mas de facto os doentes ainda esperam muito mais do que aquilo que gostaríamos que acontecesse. Não prejudicando a qualidade da nossa intervenção, no próximo ano vamos fazer um esforço ainda maior para aumentar o número de cirurgias que vamos realizar", acrescentou.
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