"Tinha, tenho e terei todas as condições. Continuo a fazer o meu trabalho com grande empenho"
João Galamba assinala que o seu trabalho "não é responder" sobre a comissão de inquérito à TAP, mas sim "ser ministro das Infraestruturas" e garante que o fará sem "deixar-se afetar pelo ruído".
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A dois dias de ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão política da TAP, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, garantiu esta terça-feira que tem e terá "todas as condições" para cumprir as funções para que foi mandatado e explicou que apresentou a demissão do cargo para deixar a sua continuidade no Governo "à consideração" do primeiro-ministro, António Costa.
Questionado pelos jornalistas sobre a continuidade no cargo durante uma visita às obras de modernização do troço Mangualde - Celorico da Beira, da Linha da Beira, o ministro João Galamba garantiu sentir-se "extremamente motivado, todos os dias, a trabalhar e a concretizar".
Já sobre a existência, ou não, de um furto ou roubo do portátil com informação classificada por parte do ex-adjunto Frederico Pinheiro, Galamba referiu apenas que vai à comissão de inquérito esta quinta-feira.
"Tenciono responder apenas e só na comissão de inquérito", garantiu, antes de comentar que o seu trabalho "não é responder sobre a CPI", mas sim "ser ministro das Infraestruturas".
Já sobre se tem condições para o ter, Galamba garantiu que sim e negou sentir-se fragilizado no cargo: "Como se vê, continuo a ter todas as condições. Tinha, tenho e terei todas as condições, continuo a fazer o meu trabalho como sempre fiz, com grande empenho."
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Perante estas palavras, o ministro foi questionado sobre o que o levou, então, a apresentar a demissão do cargo no seguimento da polémica com Frederico Pinheiro. Respondeu que "a manutenção no Governo depende sempre de duas avaliações: da do próprio e da vontade do primeiro-ministro". No caso, "deixei à consideração do senhor primeiro-ministro", notou.
João Galamba afastou também quaisquer preocupações com uma possível "falta de foco" no desempenho das funções num ministério com "imensas áreas".
"Era o que mais faltava um ministro deixar-se afetar pelo ruído. O objetivo e obrigação do mandato de um ministro é governar, e é isso que faço todos os dias e continuarei a fazer", garantiu ainda, reenquadrando as suas condições como sendo "o trabalho" que faz "e as concretizações" que entrega.