Trânsito condicionado em Lisboa. Junta de Santa Maria Maior queixa-se de falta de informação e fiscalização
À TSF, o presidente da Junta, Miguel Coelho, refere que não houve qualquer contacto prévio com os residentes e mostra-se preocupado com os condicionamentos ao trânsito que arrancam hoje na Baixa de Lisboa.
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O presidente da Junta de Santa Maria Maior mostra-se preocupado com o impacto do condicionamento ao trânsito que entra em vigor esta quarta-feira em Lisboa. À TSF, Miguel Coelho diz que não houve reuniões prévias com os residentes e queixa-se da falta de informação por parte da câmara.
"Não se percebe bem o que vai acontecer. Há uma coisa que devia ter sido feita. O Presidente da Câmara devia ter promovido duas ou três sessões com os residentes. Fez algumas reuniões com os comerciantes, mas os residentes são a parte mais importante", afirma Miguel Coelho, sublinhando que "não há" fiscalização no terreno.
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Uma das medidas impostas pela autarquia é a realização de cargas e descargas durante a noite, "uma medida muito negativa" para os residentes. O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior teme o fim da tranquilidade para os moradores.
"Esta parte da cidade vai continuar a ser muito sobrecarregada de trânsito com grande prejuízo para os residentes. Há uma medida muito negativa que é permitir as cargas e descargas de trânsito pesado durante a noite. Ora, das 20h00 às 08h00 quer dizer que as pessoas vão ser acordadas, sobretudo na Baixa, com barris de cerveja a caírem, aquele ruído todo e isso é absolutamente inaceitável", disse.
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Outra das preocupações manifestadas por Miguel Coelho é o facto de o condicionamento ao trânsito afetar o apoio social aos residentes mais idosos da freguesia, que vivem sozinhos. "É um conjunto de situações cuja acessibilidade aos bairros que só se pode fazer por trânsito automóvel." Além disso, o autarca está "preocupado" também com a invasão do "espaço pedonal pelas trotinetas e bicicletas".
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Criticando a gestão e a "falta de coragem para tomar decisões" por parte de Carlos Moedas, Miguel Coelho refere que a medida não foi acompanhada de uma prévia preparação e debate público e teme grandes complicações ao trânsito com a chamada "5.ª Circular" que irá aumentar o tráfego na Avenida Infante Santo.
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