"Tudo o que se fizer é pouco." Prevenção de fogos é "desafio que o país tem para décadas"
O primeiro-ministro está em Mação e Sardoal a acompanhar as operações de prevenção de fogos florestais.
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O primeiro-ministro, António Costa, alertou esta terça-feira que o risco de incêndio "aumenta todos os anos" por causa das alterações climáticas e, por isso, "tudo o que se fizer é pouco". Mesmo que a humanidade atinja as metas do Acordo de Paris, o risco de incêndio em Portugal vai aumentar seis vezes.
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"Termos árvores mais resilientes, como aqueles sobreiros que ali estão. Este é um desafio para décadas que o país tem para conseguir transformar estruturalmente a floresta. Quanto mais fizermos hoje, mais depressa completamos aquilo que se obtém no final da década. Não podemos perder tempo. É muito importante ter os meios para combater os incêndios, mas é muitíssimo mais importante prevenir o risco de incêndio e a melhor forma de o fazer é transformar a paisagem, a floresta e o território", avisou Costa, que está a acompanhar as operações de prevenção de fogos florestais em Mação e Sardoal.
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As áreas integradas de gestão florestal permitem a gestão coletiva destas áreas e Mação tem a vantagem de ter o cadastro completo, permitindo saber mais facilmente quem são os proprietários e quais são as diferentes propriedades.
"Para que não haja incêndios em Mação há este trabalho todo de formiguinha que é necessário fazer e para isso é fundamental o Estado ter uma fortíssima parceria com os municípios e um diálogo intenso com os proprietários. Temos de ganhar esse proprietário para esse combate. Temos de fazer este trabalho de prevenção estrutural e desenvolver novas atividades económicas. Tudo isso permite uma gestão diversificada", acrescentou o primeiro-ministro.
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