A UEFA já tem conhecimento informal da atribulada reunião do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol e admite que os seus juristas possam estar «algo confusos». Entretanto, a Direcção da Federação encontra-se reunida para analisar as conclusões do Conselho de Justiça.
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A UEFA já tem conhecimento informal da atribulada reunião do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) concluída na madrugada de sábado, e admite que os seus juristas possam estar «algo confusos».
«Temos conhecimento do que sucedeu, porque lemos os jornais, mas aguardamos ainda por uma notificação oficial por parte da FPF. Sabemos que existiram alguns problemas e, provavelmente, os nossos juristas também estarão, neste momento, algo confusos», ironizou o director de comunicação da UEFA, William Gaillard, em declarações à agência Lusa.
Na madrugada de sábado, cinco membros do Conselho de Justiça confirmaram as penas de descida de divisão do Boavista, por coacção sobre árbitros, e de suspensão de dois anos do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, por tentativa de corrupção, decretadas em primeira instância pela Comissão Disciplinar da Liga de clubes, no âmbito do processo Apito Final.
Se for confirmada esta decisão em manter a suspensão a Pinto da Costa, a UEFA poderá reabrir o processo que pode excluir o FC Porto da próxima edição da Liga dos Campeões, um cenário que o porta-voz da UEFA não quer, para já, confirmar.
«Temos uma decisão das instâncias jurídicas portuguesas e um recurso de Benfica e Vitória de Guimarães para o Tribunal Arbitral do Desporto. Neste momento, e porque não temos ainda conhecimento oficial das decisões tomadas pelo Conselho de Justiça da FPF, não posso garantir qual será o próximo passo da UEFA: se aguardar pela deliberação do TAS ou reabrir o processo antes de uma decisão do mesmo tribunal», explicou.
O responsável adiantou que a UEFA vai «aguardar uma notificação oficial por parte da FPF para depois decidirmos o que fazer no caso concreto do FC Porto».
Neste momento, decorre na sede da Federação uma reunião extraordinária da Direcção para analisar as deliberações do Conselho de Justiça.