Vieira da Silva disse, esta quarta-feira, que um «desvio colossal» é o PSD «usar o passado para justificar» medidas de austeridade, ao contrário do que prometeu fazer.
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«Teremos de ter a maior prudência e contenção. O Governo disse há não muito tempo que não ia usar o passado para justificar as suas acções. Se o começa a fazer, esse sim, é um desvio colossal», afirmou Vieira da Silva no final da comissão parlamentar que acompanha a implementação do programa acordado o do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional.
O presidente da comissão de acompanhamento do programa da "troika" considerou ainda que Passos Coelho deve ter cuidado nas afirmações que faz devido às repercussões internacionais, argumentando que «todos os responsáveis políticos devem ter cuidado quando se pronunciam sobre a credibilidade das contas públicas».
Apesar dos diferentes valores para as contas públicas apresentados pela Direcção Geral do Orçamento e pelo Instituto Nacional de Estatística, devido a metodologias diferentes, estas só se referem ao primeiro trimestre, pelo que não está «posto em causa o objectivo acordado internacionalmente de redução do défice», considerou Vieira da Silva.
O primeiro-ministro afirmou terça-feira à noite perante o Conselho Nacional do PSD que o seu Governo encontrou um «desvio colossal em relação às metas estabelecidas» para as contas públicas, de acordo com um dos elementos presentes na reunião.