"Se plano não for aprovado, a TAP vai fechar" e país perderá centralidade

Ministro das Infraestruturas e Habitação voltou a manifestar confiança de que o plano esteja aprovado até ao final do ano.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse esta terça-feira que Portugal "perderá centralidade no negócio da aviação" caso o plano de restruturação da TAP não seja aprovado por Bruxelas, algo que levará ao encerramento da companhia, assegurou.

Voltando a manifestar confiança de que o plano esteja aprovado até ao final do ano, o governante alertou que "se a TAP não tiver o plano de reestruturação aprovado vai fechar e Portugal perderá centralidade no negócio da aviação".

Segundo Pedro Nuno Santos, que falou à margem da apresentação do caderno de encargos para as 117 novas automotoras da CP, em Matosinhos, sem a TAP, o 'hub' (centro de conexão de voos) de Portugal passará a ser em Madrid.

"Estamos a falar na única companhia área a operar em Portugal que tem um 'hub', que faz viagens intercontinentais entre os Brasil, EUA, África e Portugal e distribui para o resto da Europa", salientou.

Em reação às palavras do ministro, José Sousa, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), afirmou que o sindicato já alertou por várias vezes que o fecho da TAP ou o seu enfraquecimento é uma vontade escondida das instituições europeias.

"Há muito tempo, talvez desde o princípio deste ano, que o SITAVA vem alertando que o objetivo da União Europeia nunca foi o de reestruturar a TAP, mas sim obrigar a companhia aérea a reduzir a sua dimensão de forma a tornar mais difícil a sua recuperação e fazer com que caia na órbita de um dos grandes transportadores europeus. Esse foi sempre o desígnio da União Europeia em relação à TAP", explicou à TSF José Sousa.

O ministro Pedro Nuno Santos alertou para os muitos empregos que podem desaparecer caso Portugal perca a centralidade nas viagens intercontinentais, mas José Sousa acredita que não será isso que vai acontecer.

"Esse seria o resultado se a TAP deixar de existir. Contudo, nós acreditamos, convictamente, que a companhia aérea é uma empresa indispensável ao país. Estamos crentes de que com o plano de reestruturação aprovado ou não, a TAP é uma empresa demasiado importante para o país para que nos demos ao luxo de a perder. Não ouvi as palavras do ministro, mas de certeza que aquilo que quis dizer é que a TAP é indispensável ao país e à economia nacional", acrescentou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos.

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