Mais de metade da população considera que políticos não devem ter prioridade na vacinação
Em três meses, mais do que duplicou o número de interessados em receber a vacina, revela uma sondagem para a TSF, DN e JN. Este estudo da Aximage indica ainda que mais de metade dos inquiridos não quer que os políticos tenham prioridade na vacinação.
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Cerca de 61% dos inquiridos nesta sondagem dizem concordar plenamente com a frase: "Vou tomar a vacina contra a Covid-19 assim que seja possível." Em novembro, o número de interessados em receber a vacina assim que possível era de apenas 25%.
Quanto ao andamento do plano de vacinação, 35% dão nota positiva, 31% atribuem negativa e 33% consideram que o plano está a correr "nem bem, nem mal".
Já quanto à confiança no Governo para cumprir com o plano de vacinação dentro dos prazos definidos, 43% afirmam ter pouca confiança no Executivo, contra os 28% que dizem ter confiança grande ou muito grande no trabalho do Governo.
Considerando a mesma pergunta, mas direcionada ao SNS, as respostas mudam consideravelmente. Cerca de 58% dos inquiridos têm confiança grande ou muito grande na capacidade do Serviço Nacional de Saúde e dos seus profissionais. Os que mais confiam no SNS são os inquiridos maiores de 65 anos.
A sondagem perguntou também se, perante a falta de vacinas, os portugueses acham que a União Europeia deveria comprar vacinas à Rússia ou à China. A resposta é mais favorável à Sputnik 5 do que à vacina chinesa.
Quanto à vacinação dos políticos, verifica-se uma divisão. Cerca de 54% dos inquiridos consideram que os políticos não devem ter prioridade na vacinação, ao passo que 46% são a favor.
Destes 46% que defendem a vacinação aos políticos, 91% dão prioridade ao Presidente da República, 78% ao primeiro-ministro e 44% aos ministros. Os presidentes de câmara recebem o apoio de 11% dos inquiridos, existem 5% que dizem que devem ser vacinados em primeiro lugar "todos os políticos" e, por último, os deputados, que só recebem o apoio preferencial de 3% dos inquiridos.
Os eleitores da CDU são os que mais defendem a vacinação dos políticos. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe 100% de opinião favorável entre os eleitores comunistas, do PAN, do Iniciativa Liberal e também no grupo dos 35 aos 49 anos.
Quanto à previsão sobre um regresso à normalidade, 40% dos portugueses dizem que só daqui a um ano e 18% apontam para dois anos ou mais. Há ainda 15% que referem "daqui a seis meses" e o mesmo valor para os que acreditam na normalidade dentro de nove meses.
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, DN e JN, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com vacinação na pandemia da Covid-19.
O trabalho de campo decorreu entre 17 e 20 de fevereiro. Foram recolhidas 822 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal.
Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade.
À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,4%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de José Almeida Ribeiro.
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