Testes da imunidade à Covid-19 arrancam esta terça-feira no Hospital de Santa Maria
Presidente da República já fez um teste deste género na Fundação Champalimaud.
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O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) começa, esta terça-feira, a realizar os testes serológicos quantitativos (IgM e IgG) a doentes e profissionais do centro hospitalar. Os testes em causa permitem "aferir o grau de exposição ao novo Coronavírus" e vão ser feitos pelo Serviço de Patologia Clínica.
Os testes sorológicos ficaram 'famosos' nos últimos dias porque só eles podem dizer se uma pessoa teve uma doença que muitas vezes passa por uma pessoa sem dar sintomas, conferindo-lhe, provavelmente, algum grau de imunidade, e porque o Presidente da República contou que fez um teste deste tipo na Fundação Champalimaud , concluindo que não está imunizado nem teve a Covid-19.
Nos hospitais do CHULN foram realizados, em pouco mais de um mês, oito mil testes diagnóstico à Covid-19, além dos rastreios a utentes de lares e de outros hospitais da região Sul.
Entre 10 de março e 19 de abril, "a percentagem média de casos positivos, somando utentes e profissionais, é de 7%".
Quanto custam e onde se fazem os testes de imunidade?
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Se ainda não é possível pedir estes testes nos serviços públicos de saúde, no privado são já vários os locais onde é possível fazê-los.
Por exemplo, nas clínicas Germano de Sousa, um dos maiores grupos de análises do país, o médico Germano de Sousa explica à TSF que há cerca de uma semana que são feitos os testes sorológicos quantitativos, que custam cerca de 40 euros.
"As empresas que desenvolveram os reagentes e que os vendem usam e abusam da investigação que fizeram e o teste fica ultra-caro. Só por esses reagentes pagamos mais de 30 euros", detalha o responsável por estas clínicas, que acredita que, aos poucos, os preços irão baixar quando se começarem a fazer testes deste tipo em grande quantidade.
O clínico detalha que os testes qualitativos, mais baratos (cerca de 20 euros) e bem menos complexos (basta uma gota de sangue, quase como um teste de gravidez), não têm grande utilidade e, por isso, as clínicas deste grupo não os fazem - apenas permitem dizer se a pessoa teve ou não a Covid-19.
Mais relevante é saber a quantidade de anticorpos contra o vírus que se encontra no plasma daquele que ainda não sabe, mas ficará a saber, que teve o novo coronavírus.
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